Mali se konji vrte u krug,
a mi ovdje razglabamo i ručamo...
Tvoja ljepota, Esmeralda,
potpuno me izluđuje.
Mali se konji vrte u krug,
a mi ovdje razglabamo i ručamo...
Sunce na obzorju toliko je blistavo
— u mojoj duši zalazi!
Mali se konji vrte u krug,
a mi ovdje razglabamo i ručamo...
Alfonso Reyes nas napušta,
mi ostali ostajemo za stolom...
Mali se konji vrte u krug,
a mi ovdje razglabamo i ručamo...
Italija govori teško
Europa je u kaosu...
Mali se konji vrte u krug,
a mi ovdje razglabamo i ručamo...
Brazil se bavi politikanstvom.
Bravo! Poezija je mrtva i trune...
Sunce na obzorju toliko je blistavo,
sunce je tako čisto, Esmeralda,
sunce koje u mojoj duši — zalazi!
Rondó dos Cavalinhos
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Tua beleza, Esmeralda,
Acabou me enlouquecendo.
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O sol tão claro lá fora
E em minhalma — anoitecendo!
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Alfonso Reys partindo,
E tanta gente ficando...
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
A Itália falando grosso,
A Europa se avacalhando...
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O Brasil politicando,
Nossa! A poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
O sol tão claro, Esmeralda,
E em minhalma — anoitecendo!
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Consta que o poema acima, feito durante a "II Grande Guerra", foi escrito enquanto o autor almoçava no Jóquei-Clube do Rio de Janeiro, assistindo às corridas. Extraído do livro "Manuel Bandeira - Antologia Poética", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 2001.
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