Ono što ja u tebi obožavam tvoja ljepota nije.
Ljepota je ta što se u nama krije.
Ljepota je pojam jedan. I ljepota je tužna.
Po sebi ona tužna nije,
Već po krhkosti i nesigurnosti koje u sebi krije.
Ono što ja u tebi obožavam, tvoja nadarenost nije.
Ni tvoja duhovitost, tako gipka i blistava,
Slobodna ptica uvrh planinskog neba treptava.
Ni tvoja duhovitost, tako gipka i blistava,
Svega što se u srcima ljudi u stvari krije.
Ono što ja u tebi obožavam nije ljupka muzika tvoga glasa,
Koja se stalno obnavlja svakog trena,
Dražesna i zračna kao misao tvoja.
Koja zbunjuje i smiruje osjećanja moja.
Ono što ja u tebi obožavam, Mati, koju sam izgubio nije.
Ni sestra, koju sad zemlja krije. Ni mrtav otac nije.
Ono što ja u tebi obožavam nije nagon materinstva duboka,
Otvoren kao rana u srcu tvoga boka.
Ni tvoja čistoća. Ni tvoja nečistoća.
Ono što ja u tebi obožavam - neka mi bol i utjehu nosi!
Ono što ja u tebi obožavam život je koji prosi.
Madrigal melancólico
O que eu adoro em ti,
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito sutil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento,
Graça que perturba e que satisfaz.
O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.
O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto maternal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.
11 de junho de 1920
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito sutil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento,
Graça que perturba e que satisfaz.
O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.
O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto maternal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.
11 de junho de 1920
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